Viagem para Aracajú

Assim que terminamos o show no The Pub, pegamos a estrada, a galera da Pastel de Miolos seriam nossos companheiros de viagem até Aracajú, a banda também iria tocar no palco da Rua da Cultura. Pegamos a estrada, mas o cansaço nos abateu logo nos primeiros 100 Km, e não adiantava trocar de motorista, todos estavam cansados demais, tanto nós do Clube quanto a Pastel de Miolos, então decidimos dirigir até a próxima cidade e procurar um hotel, já era quase 2 horas da manhã quando chegamos numa cidade chamada Russas no Ceará. Começamos a procurar um hotel e se soubéssemos que seria uma tarefa tão complicada teríamos seguido para próxima cidade. Batemos de porta em porta, hotel a hotel, pousada a pousada e todas estavam lotadas, não sei se os recepcionista ficavam com medo, 8 caras chegando do nada assim de madrugada, e mentiam dizendo que estava lotada, ou realmente se tratava de uma cidade com muitos visitantes.
Depois de quase 50 minutos rodando atrás de um lugar para descansar, achamos uma pousada um pouco mais afastada do centro, próxima a rodovia. A mulher que nos atendeu era atenciosa mais muito lenta o que nos fez perder mais alguns minutos preciosos de sono, conforto, o mínimo possível, mas daria para dormirmos um pouco. Foram 2 horas exatas de sono, não poderíamos dormir mais que isso, era uma longa distância até Aracajú e só tínhamos percorrido 168 km dos 1.124 km no total. Saíram os dois carros de Russa às 5:10 da manhã do dia 24/01, agora mais descansados, só iríamos parar em Aracajú. Que nada, 150 km depois em Jaguaribe, outra parada, agora para tomar um café, e também o Allisson, vocalista da Pastel de Miolos não estava se sentindo bem e precisou de alguns remédios. Enfim, tomamos o café da manha e seguimos viagem, só paramos novamente já em Pernambuco, próximo ao Ibó, almoçamos e voltamos para a BR, a viagem foi tranquila, as estradas estão boas, um trecho ou outro bem curto que apresenta alguns problemas. A BR 116 que um ano atrás quando passamos estava horrível, estava muito boa dessa vez.
Chegamos em Aracajú às 21 horas, fomos direto para Rua da Cultura, já estávamos atrasados. Já no centro de Aracajú encontramos com Rick (Virote Coletivo/Banda Mamutes) que nos guiou de moto até a Rua da Cultura, onde faríamos o show de encerramento do nosso Giro.

Ultimo dia em Fortaleza - Show no The Pub


Foto por Maximiliano Leguiza

Era 9 da manhã, quando acordamos, menos Stephen que precisamos ser um pouco mais insistentes para despertá-lo. Porque levantamos tão cedo? Tinhamos uma seção de gravação no Estúdio do Panela Discos para gravar um single que será lançado em Março pelo selo. A música escolhida foi "Tudo, menos sem você." Já começamos a trabalhar nosso próximo album e a oportunidade de já lançar uma música nova não podia passar em branco. A gravação foi rápida, estamos anciosos para ver o resultado final. Já passava de meio dia quando chegou à casa de Talles, a galera da banda Pastel de Miolos, de Lauro de Freitas -BA, nossos amigos de longa data. A banda também está em turnê, vieram do show em Juazeiro do Norte e não conseguiam esconder o cansaço. Foram direto para o estúdio para também gravar uma música. Uma música? No dia seguinte, ja na estrada para Aracajú que descobrir que a banda gravou 6 faixas, é brincadeira? Vai sair um belo de um EP que será lançado em Março também pelo Panela Discos.
Quando pensamos que iríamos parar um pouco, já era hora de seguir para o The Pub, passar som e ficar para o show.
O Evento começou as 18:30 com a Full Time Rockers, banda de nosso anfitrião Talles Lucena, apresentando nova formação, agora a banda conta com novo baixista, Bocão, e novo guitarrista Rafa Vasconcelos. O que mudou? Só o fato de que vi no palco uma das melhores bandas de rock nos ultimos, sei lá, 5 anos. Claro que o giro pelos EUA amadureceu e muito a FTR, a banda esta pronta para qualquer palco. Vejo a mídia independente em geral querer substituir os anos de estrada pelo chamado "Hype" desistam, banda boa é banda que tem estrada! É no palco que a gente ver o que a banda é de verdade. E isso foi sendo provado a cada banda que subia ao palco neste festival Panela Autoral. Veio em seguida a Thrunda, Hardcore, 10 anos de estrada, sonzeira, performance du caralho! Logo depois outra banda veterana, Lavage, Punk Rock calcado no som dos pais do estilo, Ramones e Sex Pistols. Tocamos em seguida, de novo fomos bem recebido pelo público presente, a galera da REdecem estava lá também, fizemos uma entrevista, batemos um papo, conhecemos o Max, Oscar, e no palco já estava Pastel de Miolos, botando o The Pub no chão, com os pertados que compõe seu novo trabalho "Da Escravidão ao Salário Mínimo". Infelizmente não deu para assistir o show da Zefirina Bomba, iriamos pegar a estrada para Aracajú dali mesmo, 1.124 Km nos separavam do nosso próximo show, o último da turnê.




Show em Maranguape

Terminamos nossa apresentação no CCBNB e nos juntamos a galera da Zefirina Bombapara logo em seguida pegar a estrada para Maranguape onde faríamos show na II Mostra de Mùsica Independente da cidade.
Maranguape faz parte da grande Fortaleza, 19 Kilometros separam as duas cidades. Não se trata de um lugar pequeno, são 120 mil habitantes e um centro com muitos prédios históricos, Maranguape também é a terra do grande Chico Anísio. Chegamos lá por volta das 18 horas.
Este festival que participamos está na sua segunda edição e é realizado com a parceria da prefeitura de Maranguape com o selo Panela Discos. Idéia muito legal, e que movimenta em grande estilo a cena local, a estrutura é de primeira, o teatro é pequeno mas aconchegante e a melhor parte, é gratuito, o que facilita e muito na formação de platéia. Seria muito legal que mais cidades fizessem parcerias como esta, dar às bandas do município a oportunidade de tocar em palco com equipamento de primeira e de interagir com bandas de várias partes do país é fantástico, o Talles tem feito um ótimo trabalho nesse sentido também e se não me engano, Maranguape é a terceira cidade onde parcerias semelhantes já foram feitas com a Panela Discos.
Mas voltando ao show, se você acha que foi puxado para a banda fazer um show em Fortaleza a tarde e a noite fazer outro, não foi, e não prejudicou em nada nossa apresentação, subimos ao palco e de novo encontramos um público muito legal a nossa espera, fizemos show semelhante ao do rock cordel, aliás nessa tour fizemos dois tipos de show, um com músicas do primeiro disco abrindo e outro com músicas do segundo disco predominando, em nenhuma das apresentações usamos repertório, a gente ia montando o show de acordo com a energia do local, foi uma experiência bem legal fazer o show assim e lhes garanto que funcionou muito bem. Em Maranguape fizemos uma apresentação de 40 minutos, mas foram intensos 40 minutos e valeu muito para nós ter tocado lá. Vendemos muitos discos em Maranguape também, aliás foi um ponto alto de nossa viagem a venda de discos, era o atestado do público de que tinha gostado do show. Assistimos o show da Zefirina Bomba e de uma banda local muito boa chamada Flor Azul, foi quem fechou a noite com chave de ouro. Logo depois voltamos para Fortaleza, o dia seguinte seria o ultimo no Ceará, faríamos um show e logo depois uma longa viagem até Aracaju.

Show no Rock Cordel - Fortaleza


O sábado começou chuvoso em Fortaleza para variar, desde que chegamos na cidade que a chuva não parava, mas às 11 horas o sol já estava começando a mostrar a cara. Estávamos nos preparando para o show no Rock Cordel, nossa apresentação estava marcada para as 14:30. Logo depois de meio dia, chegou o Rodrigo, vocalista da banda de HC de Fortaleza chamada Thrunda. O Talles não iria nos acompanhar pois estava cuidando da produção do festival em Maranguape e o Rodrigo nos auxiliou. Chegamos no Centro Cultural Banco do Nordeste que fica no Centro de Fortaleza por volta das 14 horas, fomos muito bem recebidos pela produção que nos encaminhou para o camarim, quem estava no palco eram os paraibanos da Zefirina Bomba, conseguimos ver um pouco da apresentação da banda que foi fantástica.

Tocar no Rock Cordel foi uma das experiências mais gratificantes da nossa tour. Tivemos um excelente atendimento e assessoria no palco, passamos o som e voltamos pro backstage para aguardar a entrada da platéia. Assim que subimos ao palco tivemos uma recepção surpreendentemente calorosa do público. A sala estava lotada, o som perfeito e fizemos uma show de pura energia e com uma interação maravilhosa com o público que recebeu cada canção nossa com muito carinho. Essa resposta do público definitivamente não tem preço.

Show no Rota 66 - 20 de Janeiro

A quinta-feira amanhaceu chuvosa, aliás, desde que chegamos a Fortaleza que chove muito, algo incomum, segundo a galera daqui, no mês de janeiro. O Talles tinha nos dito que shows na quinta em Fortaleza não funciona, não dá ninguém e em dia de chuva seria mais difícil ainda, apesar da divulgação fortíssima que vinha sendo feito de forma colaborativa com as bandas do selo Panela Discos.
Nosso primeiro compromisso do dia foi às 16 horas, na radio Universitária FM, e lá chegamos no horário. O programa que participamos chamava-se “Pessoal do Ceará” apresentado por Nelson Augusto que nos recebeu para um bate papo muito agradável onde falamos sobre blues, cena independente, nossa turnê e sobre o nosso disco. O programa tem uma audiência legal e durante nossa participação a todo momento recebíamos menções no twitter de uma galera que tava ouvindo a transmissão. Assim que encerrou a entrevista fomos direto para o Bar onde seria realizado o show, Bar Rota 66. É um local pequeno com capacidade máxima para 200 pessoas aproximadamente, mas um bar bem acochegante e com uma estrutura legal para a banda se apresentar.

Banda Estado Anestesia

A chuva ia e voltava e já de som passado, a banda Estado Anestesia inicia sua apresentação as 21 horas em ponto, já com um público bem bacana no local e que surpreendeu e deixou todos envolvidos na produção, inclusive nós, bem animados. A banda Estado Anestesia faz um Hard Heavy de primeiríssima linha, cantado em português (algo que percebemos ser bem comum às bandas aqui do Ceará), e todo autoral. A galera é muito competente e em uma conversa que tivemos após o show fomos informados que a banda tem uma demo com 6 músicas lançadas e que foi a base do show e que pretendem ainda este ano lançar material novo, ficamos no aguardo.

Nosso show começou às 22 horas, Talles nos avisou que poderíamos fazer um apresentação sem preocupação com tempo. Fizemos um show de pouco mais de 1 hora, com uma interação muito legal com o público que na maioria não conhecia ainda nosso trabalho, mas que curtiu muito o show. Essa reação do público que é o mais legal de uma banda que está em turnê, pois prova que todo o esforço não esta sendo em vão e que em cada lugar que passamos vai ficar uma galera curtindo nosso trabalho. Depois do show fomos conhecer um pouco da noite de Fortaleza, algo que rendeu histórias bem divertidas depois.

O Clube no programa "Porque Hoje é Sábado"


Por Jo Capone

Dia 19 de Janeiro, quarta- feira. Dormimos muito bem e acordamos com energia redobrada. A tarde participamos do programa da TV o Povo, chamado “Porque hoje é Sábado”. O Programa realizado pela TV o Povo de Fortaleza é gravado em um estúdio montado no SESC, fruto de uma parceria muito bacana. Ficamos surpresos com a estrutura, que era excelente, a banda pôde se apresentar completa, bateria, guitarra, baixo, voz, num palco bem legal e com um suporte muito bom de toda a equipe do Programa.



Os apresentadores Grazy Costa e Fábio Monteiro foram super simpáticos, dividimos o palco com uma Escola de Samba aqui do Ceará, que tem parceria com a Mangueira do Rio de Janeiro e faz parte de um bloco de carnaval da cidade chamado Bons Amigos. A galera mandou muito bem e foi uma tarde fantástica, saímos de lá por volta das 18 horas depois de uma sequência de muita música e entrevista. O programa vai ao ar no próximo sábado dia 22 às 20 horas, e pode ser conferido pela internet também.

Essa participação foi maravilhosa para o Clube de Patifes, e somos muito grato ao Talles Lucena por todo esse cuidado conosco e pelo excelente apoio na divulgação. Para uma banda em circulação é fundamental uma agenda como a que fechamos aqui, com participação em Radio, TV, e vários shows. Sairemos de Fortaleza com a certeza que nosso trabalho e o nome da banda foi muito bem divulgado na cidade nesses dias.

Viagem para Fortaleza

Por Jo Capone


Logo pela manhã tentamos resolver o problema dos pneus, mas, fomos aconselhados a fazer isso em Fortaleza, nos ensinaram uma rota alternativa passando pelo município de Iguatu, economizaríamos 100 km. Nas nossas condições atuais de cansaço e preocupação em percorrer grandes distâncias, seria uma mão na roda (literalmente... rsrs), no entanto, encontramos a estrada em obras e, num pequeno trecho, sendo aberta por tratores. Com toda certeza daqui a uns seis meses se tornará um trajeto interessante, no mais, viagem tranquila.




Chegamos em Fortaleza por volta das 19:30h, ligamos para o nosso irmão Talles Lucena – Panela Rock/Full times Rockers (fantástica), que logo foi ao nosso encontro levando-nos para a sua casa onde nos alojou. Tomamos umas cervas, discutimos as potencialidades e viabilidade da produção de turnês como a que estamos realizando... - aqui cabe um imenso parêntese, foi o Talles que salvou nossa circulação garantindo com o Panela o preenchimento de cinco datas do nosso Giro, além de visitas a TV e Rádio locais, Valeu Talles! De quebra ainda assistimos o ensaio da Full Time Rockers no Studio do Panela Discos que fica na casa do Talles.

Uma data caiu...

Os problemas com o carro pelos quais passamos e relatados em postagens anteriores nos fizeram tomar uma medida extrema, o cancelamento da nossa ida à Natal. A situação dos pneus ainda não foi resolvida, tentaremos resolver em Fortaleza, e teríamos que rodar mais de 606Km de Juazeiro para Natal e ainda aproximadamente 540Km de Natal para Fortaleza o que somaria neste caso algo em torno de 1146Km, levando em conta ainda que teremos uma viajem puxada de Fortaleza para Aracaju no dia 23 logo após nosso show no The Pub, 1124Km.

Acreditamos ter sido mais prudente da nossa parte o cancelamento/adiamento da nossa passagem por Natal. Fica aqui a nossa total disponibilidade para uma data à posteriori, nosso agradecimento e desculpas para Anderson Foca, que nos contactou e viabilizou a nossa passagem por Natal para gravação do programa Palco Radiofônico. Decidido isso, antecipamos nossa ida para Fortaleza onde passaremos a maior parte de nossa tour, serão 3 shows na cidade e mais participação em programa de rádio, gravação de Podcast e participação na TV O Povo.

Por Jo capone


Day off


Por Jo Capone


Após o show no Porão Rock, e da confraternização, seguimos para o hotel, já passava das 5 h da manhã. A segunda-feira era nosso primeiro Day off da tour, depois de uma seqüência de 4 shows em 3 dias e muita, muita estrada mesmo. Descansamos bastante neste dia e a tarde saímos para conhecer um pouco mais da terra de “Padim Cícero”.

Juazeiro do Norte é uma cidade muito bacana, cerca de 250 mil habitantes, centro regional e com um comércio muito forte. A cidade é agitada e você encontra uma imagem de Padre Cícero ou referência a ele em todo lugar, é incrível como a presença dele é forte em toda a cidade. Um lugar legal de se visitar é o mercado de arte de Juazeiro, é como um shopping popular, com muito artesanato e também com muito material importado sendo vendido. Em Feira de Santana temos o Mercado de Arte e o Feiraguai, esse mercado de Juazeiro é a junção dos dois, mas com uma movimentação infinitamente maior. Andar por um lugar como este só nos deixa mais apaixonados pelo Nordeste e seu povo. Ô lugar para ter gente gentil! Outro lugar bacana é o Centro Cultural Banco do Nordeste, onde igualmente esta rolando o Festival Rock Cordel, lugar muito bonito também. Depois do passeio voltamos para o hotel e descansamos mais, pois no dia seguinte seguiríamos para Natal - RN.


Show em Juazeiro do Norte

Por Jo Capone


A viajem até Juazeiro do Norte sabíamos que seria complicada, pois não conhecíamos a estrada, apesar de todos terem dito que estava em bom estado de conservação, o que realmente constatamos. Por estarmos cansados e com o tempo de viajem limitado, optamos pelo bom senso e segurança, vencemos os 180km com tranquilidade, mesmo com todo o trecho da BR 116 não tem marcação alguma e nenhum tipo de sinalização, o que exige atenção redobrada.

Chegamos a Juazeiro do Norte às 00h30min e nossa apresentação estava marcada para 1:00h, nos informamos da localização e como chegar ao Teatro Marquise Branca, onde ocorreria o Show, que fica logo na entrada da cidade o que facilitou muito para nós. Assim que chegamos fomos muito bem recepcionados por Welson, produtor do Festival Porão Rock, o público presente muito bom, levando-se em conta que se tratava de um domingo, melhor dizendo, uma madrugada de segunda-feira. Quando entramos no espaço do Show estava no palco a banda Lavage, representando a fortíssima cena Rocker de Fortaleza, de Punk Rock, muito boa, muito boa mesmo. Como chegamos com certa folga, deu para relaxarmos um pouco, um pouco... Depois quem subiu ao palco foi a banda local Snofe, fizeram um show enérgico e preciso. Chegou a nossa vez, e fizemos uma apresentação explosiva, optamos por um repertório mais pesado composto principalmente por canções de nosso primeiro disco, sem dúvida alguma, uma das nossas melhores apresentações até agora.

Finalizada a noite seguimos com o produtor do Porão Rock para confraternizar, ao passo que também discutimos a possibilidade da cidade virar uma rota para bandas circulantes, de como seria estratégico estabelecer está parceira, com toda certeza Juazeiro do Norte encurtará distâncias. Deixo registrado a capacidade de organização, seriedade e profissionalismo de Welson, sempre atento e prestativo, o que garantiu um evento de muita qualidade e uma passagem/estadia tranquila e confortável em Juzeiro do Norte. O destino agora será Natal-RN.

Daqui o Exu inda é muito longe?

Quando estavamos saindo da cidade de Juazeiro do Norte, demos de cara com a placa que indicava a direção de Exu, cidade onde nasceu e morreu o Rei do Baião, e onde fica o Museu que conta toda a história de Gonzagão. Ficamos tentado a ir visitar a cidade que ficava a cerca de 100Km dali, mas deixamos para uma outra oportunidade para não atrasar nossa ida a Fortaleza, uma pena mesmo, não estivemos tão perto da cidade desse artísta que admiramos tanto.
PS: O título desse post só vai entender quem é realmente fã de Luiz Gonzaga.

Show em Sousa - PB

Por Jo Capone


A viajem até Sousa foi bastante tranquila, visto que a distancia era apenas 40km de onde estávamos e com estrada muito boa. Chegamos lá por volta do meio dia com as baterias carregadas, e apreensivos com a apresentação pois ao terminá-la teríamos que seguir de imediato para Juazeiro do Norte, que fica à 180Km de Sousa, para a segunda apresentação daquela noite. Para obtermos êxito teríamos que seguir a risca a nossa logística. A cidade é muito tranquila, cerca de 60 mil habitantes, e muito organizada pelo que vimos. Logo que chegamos rumamos para o Centro Cultural BNB, e assim que descemos do carro (lugar mais apertado do mundo!!!) encontramos o pessoal da Íbis e da Babi Jaques e os Sicilianos, que também estavam chegando naquele momento juntamente com o Osvaldo da ACRSPB(Associação Cultural do Rock do Sertão da Paraíba), conhecemos rapidamente a estrutura do Centro Cultural, que é realmente muito boa, e fomos todos almoçar, comida boa e todo o atendimento também. De lá seguimos às 14:00h para o hotel que estava reservado e no nosso aguardo, descansamos um pouco pois a passagem de som ocorreria por volta das 17:00h. Decidimos já ir para a passagem preparados para o show, com o figurino, para evitar, desta maneira, possíveis atraso no início da apresentação e o comprometimento do show de Juazeiro do Norte.

Logo quando chegamos na praça onde ocorreria o show, Osvaldo (que era o coordenador desse evento em Sousa também, fruto da parceria da ACRSP com o BNB) nos avisou que houve uma mudança na programação e só iria iniciar às 20:00h e não mais às 18:00h como havia sido acordado. Ficamos preocupados, mas conseguimos sensibilizar a produção para a nossa situação e exatamente às 19:00h o Clube de Patifes inicia o show. Porém, desta vez para um público diferenciado, eram crianças que brincavam na praça, senhoras e senhores em cadeiras, jovens desfilando... enfim, mas mais uma vez o Sertão da Paraíba foi surpreendente, mesmo sem o público tradicional das nossas noites, fomos maravilhados com aplausos e uma resposta mais que positiva. A banquinha mais uma vez bombou, e até o momento em que saímos Osvaldo informou ter vendido oito CD´s, o que julgamos admirável...

O projeto de colocar artístas independentes nas praças se apresentando nos coretos é muito bacana. Aqui no nordeste toda praça tem seu coreto e é algo que estava sendo abandonado e o CCBNB tem tido uma preocupação com isso e tem tirado as bandas do circuito do Rock Cordel dos palcos tradicionais e disponibilizado uma ótima estrutura para as bandas se apresentarem em praça pública para uma platéia diversa, isso é muito bom. Finalizamos nossa participação às 19h40min e de imediato arrumamos o material no carro e fomos jantar, às 21h15min, nos despedimos de Sousa e do surpreendente Sertão da Paraíba, vamos sentir saudades... E que venha Juazeiro do Norte!

Show em Cajazeiras


Por Jo Capone


Chegamos à cidade às 18h30min, Osvaldo já tinha nos instruído a ir direto para o local do show. Já na Art Chopperia, tinha uma galera arrumando o som, mais tarde descobrimos que se tratava da banda Babi Jaques e os Sicilianos. Fomos muito bem recebidos pelo proprietário da casa, Gilson, e por Diego, vice-presidente da Associação Cultural do Rock do Sertão da Paraíba e vocalista da banda Arlequim Rock Band.

Nosso show em Cajazeiras fazia parte da programação oficial do Festival Rock Cordel e nasceu de uma parceria da Associação Cultural do Rock do Sertão da Paraíba com o Banco do Nordeste. Essa parceria expandiu o festival por toda região, várias cidades ligadas a associação entraram no circuito e muita coisa legal tem rolado. Nesta noite 4 bandas se apresentariam, quando voltamos do hotel prontos para o show a primeira banda,vinda do Ceará, já tinha se apresentado, a banda Parabólicos. Pudemos ver o final da apresentação da segunda banda, a Ibis, vinda de Serrana no interior de São Paulo, o som do grupo é muito legal e conta com letras sobre futebol e o pior time do mundo, o Ibis. Logo em seguida veio a Babi Jaques e os Sicilianos, banda que tem circulado bastante desde o final do ano passado, e tem uma apresentação que é um verdadeiro espetáculo além de trazer um rótulo bem novo, o Cabaret Rock, muito legal o figurino e ótimas canções, definitivamente um show que vale a pena ver.



Nosso show começou por volta das 23 horas e, sem dúvida nenhuma, foi o show mais surpreendente até agora - estou mencionando o segundo show, mas já realizamos 4 apresentações. O bar Art Chopperia estava com um público muito bom, praticamente lotado e ávido pela nossa presença (outra surpresa). A maioria do público já conhecia o nosso trabalho e nos acompanham, à distância, desde o lançamento do nosso primeiro álbum “Do palco ao balcão”, de 2001. Bem, começamos o show com “Feira”, a galera extasiou a banda e contagiou o restante do público presente cantando praticamente todas as músicas do show, isso foi emocionante e deu um Up, um gás a mais para este nosso giro. É muito gratificante para uma banda que está em turnê de divulgação chegar numa cidade e ter uma recepção calorosa como esta, encontrar um público formado e que conhece todo nosso repertório, mesmo sem nunca antes termos feito nenhum show na mesma. Acredito ter sido este o motivo para o sucesso da vendagem da banquinha, disponibilizamos dez CD’s que esgotaram quase de imediato e vendemos mais doze, comprados diretamente com a banda. Fica essa dica para a Distro FDE, criar estratégias para que o material das bandas do Circuito cheguem nas cidades antes mesmo que as bandas, pois, percebemos que isso dá um grande suporte e garante o sucesso da circulação.

Terminada a noite, confraternizamos com a produção Rock Cordel, sinalizamos algumas questões referentes à estratégia de ampliação da abrangência da Associação Cultural Rock do Sertão da Paraíba e rumamos para o hotel, afinal, no dia seguinte nossa apresentação seria em Souza e depois Juazeiro do Norte. Baseados no que rolou em Cajazeiras, ficava a certeza de que a terceira noite prometia...

Caminho para Cajazeiras


Por Jo Capone


A estrada para Cajazeiras é muito boa, BR 230, com um trecho até Campina Grande duplicado, e com uma paisagem do nosso sertão nordestino no mínimo inspiradora. Saímos de João Pessoa lá pelas 11 horas da manhã e na metade do caminho tivemos um problema com o carro, começou a trepidar muito, tivemos que parar em Santa Luzia, mas não conseguimos ninguém para tentar diagnosticar o problema. Reduzimos a velocidade e seguimos mais 18 Km até Patos, onde descobrimos que o problema estava nos pneus, perdemos 2. Aí vai nossa segunda dica, que aprendemos neste trecho, pneus importados não servem para rodar no nordeste, eles não resistem a altas temperaturas gerando vários problemas. Percalço sanado, continuamos a viagem para a segunda cidade de nosso giro.

SHOW EM JOÃO PESSOA





Por Jo Capone

O Espaço Mundo é um lugar bem legal, localizado no centro histórico de João Pessoa, numa praça bem bacana que à noite fica lotada. Chegamos no Espaço Mundo logo após o almoço, não sabíamos que lá rola um restaurante durante o dia. Logo depois que chegamos nos encontramos com Rayan Lins que iria viajar com a banda Zefirina Bomba para Maceió. André chegou em seguida e de imediato começou a agilizar nossa hospedagem, entrando em contato com o coletivo. Depois nos apresentou Edson que nos levou para a casa de Luciana, onde fomos bem recebidos e podemos enfim descansar depois de longas 14 horas na estrada. Quando voltamos para o Espaço Mundo a praça estava lotada por conta de um projeto que acontece em João Pessoa chamado Circuito das Praças, evento de programação gratuita, e a praça do dia era justamente onde se localiza o Espaço Mundo. O show do Mundo começou super atrasado prejudicado a nossa programação, a banda que faria abertura, In the Mood, estava programada pra começar a meia noite, mas só começou a tocar depois de 1 hora. A banda é sensacional, faz um rock setentista com um repertório regado de clássicos e uma presença de palco muito bacana.



Aproximadamente às 02h30min da manhã iniciamos nossa apresentação, com alguns problemas técnicos que foram sanados imediatamente. Era nosso primeiro show do ano, primeiro do giro, e aos poucos fomos nos ajustando no palco e o show rolou legal. Infelizmente o público foi muito pequeno, apesar de lá fora já ter terminado o evento da praça e ter muita gente circulando no local. Acho que a produção pecou na divulgação do evento e na estratégia de formação de platéia, por exemplo, até 1 dia antes do show não havia nenhuma nota no site do coletivo. E aí vai nossa observação, toda banda entra em circulação para divulgar o trabalho, uma grana alta e suada é investida, acho que a comunicação dos coletivos devem ter um cuidado maior na hora de divulgar o evento. Sabemos das dificuldades de mobilizar um público, no entanto, potencializar os eventos não é só benéfico para a banda circulante mas também para o coletivo que se capitaliza mais e todo mundo sai ganhando. Uma divulgação incisiva acaba formando um público do coletivo que irá acompanhar de perto todas as atividades ligadas a esta organização. É algo que gostaríamos de deixar registrado e visto de forma positiva.

Nossa passagem por lá foi muito legal e esperamos voltar em breve. E falando em coisas legais, um ponto altíssimo da nossa estadia em João Pessoa foi o atendimento que nos foi dado. O Edson que nos acompanhou até a casa onde ficaríamos hospedados não nos deixou um segundo sequer enquanto estivemos na cidade, isso foi fantástico, ter alguém sempre junto da banda dando o suporte é algo fundamental e aprendemos muito com esse tratamento. Para se ter uma idéia Edson só nos deixou no dia seguinte, na saída da cidade já na BR que nos levaria para Cajazeiras, em nenhum momento em Jampa ficamos à deriva e acho que esse formato de trabalho do Mundo deve ser disseminado por toda a rede.

Caindo na estrada...


Por Jo Capone


Nós fizemos nossa ultima reunião antes da viagem no dia 08 de Janeiro. Revisamos rota, Kilometragem e outros detalhes. Nossa primeira dificuldade era que o primeiro show da turnê começava a pouco mais de 900 km, no dia 14 em João Pessoa. De início estava planejado viajar no mesmo dia do show, mas ponderamos melhor a distância e principalmente os trechos em recuperação na BR 101 e os trechos que estão sendo duplicados. Por conta disso antecipamos nossa saída para o dia 13, na quinta-feira. A idéia era parar em Maceió e no dia seguinte ir pra João Pessoa, o Nando do Coletivo Popfuzz, já tinha se predisposto a nos receber em sua casa para esta primeira pausa. Mas acabamos atrasando a saída e quando passamos em Maceió já era de madrugada, decidimos seguir viajem.

Em Pernambuco a estrada não esta 100%, muitos trechos em reformas e com desvios, e em um desses, na altura da cidade de Palmares, acabamos caindo numa estadual e só percebemos alguns kilômetros depois. Fica a dica para quem for passar nessa região redobrar a atenção, já que não há sinalização alguma, e pelo visto esse processo de duplicação e recuperação vai levar muito tempo ainda. Em Palmares tivemos outro contratempo, atropelamos um cachorro, infelizmente não foi possível evitar o acidente e acabamos danificando o para choque do carro, que consertamos assim que chegamos em João Pessoa, uma despesa extra de R$ 55,00.

Fora o incidente com o cachorro a viagem foi tranquila e chegamos em Jampa as 9 horas da manhã do dia 14. Passamos o restante da manhã conhecendo um pouco a cidade e almoçamos meio dia em ponto. Estávamos chegando no Espaço Mundo quando conseguimos falar com André Antério, que não nos esperava naquele horário, falha nossa, não atualizamos ele com a antecipação da viagem e ele acabou tendo que mobilizar bem antes o coletivo para poder nos hospedar e para disponibilizar alguém do atendimento para nos acompanhar.

O LUGAR MAIS APERTADO DO MUNDO



Depois de muita reunião e busca por alternativas para a viagem, a decisão: iríamos pegar a estrada no carro de nosso vocalista Pablues. Era a forma mais em conta para realizarmos a turnê. O carro é um Corsa preto, e após muita bagagem e todo nosso equipamento, descobrimos o "Lugar mais apertado do mundo", tão apertado que malmente pudemos tirar uma foto!


Por Jo Capone






Tour 2011


Por Ana Clara Teixeira



Referência musical de Feira de Santana e região há 12 anos, a banda Clube de Patifes (http://www.myspace.com/clubedepatifes) se apresenta em alguns estados do Nordeste a partir desta sexta-feira (14), levando na bagagem um blues-rock pincelado por ritmos como o forró e o baião. A turnê, que inclui os estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Sergipe, é consequência do comprometimento com as ações da rede Fora do Eixo e da busca conjunta pela auto-gestão de um panorama independente expressivo.

As canções de Com um Pouco Mais de Alma, lançado oficialmente em 2010, os maiores sucessos do debut Do Palco ao Balcão (2001) e alguns covers compõem o repertório que o público nordestino vai conhecer. Para os que já viram de perto a energia de Pablues (vocal e gaita), Jo Capone (contrabaixo), Paulo de Tarso (bateria) e Stephen Ulrich (guitarra), surge mais uma oportunidade de curtir um espetáculo empolgante, seguro e entrosado. Uma proposta amadurecida e sempre aceita nos palcos de Feira, Vitória da Conquista, Camaçari e Salvador.

A cada acorde, a cada verso cantado, aumenta a identificação entre o Clube de Patifes e os ouvintes. Não causa espanto o fato de que o grupo tenha no currículo, além de trabalhos de estúdio com produção cuidadosa, uma série de shows importantes ao lado do Cascadura, Cordel do Fogo Encantado, Velhas Virgens, Matanza e Movidos a Álcool. Também não será surpresa se o Clube seguir o mesmo rumo desses eventuais companheiros de palco, tornando-se um expoente nacional divulgado e reconhecido. Méritos não faltam.